É com profunda indignação que manifestamos nosso repúdio ao Projeto de Lei Complementar enviado à Alesp pelo Governo de São Paulo, propondo reajuste salarial de apenas 5% aos servidores públicos, entre eles nós, os policiais militares.

Há anos somos vítimas de desvalorização, falta de incentivos e não reconhecimento da atividade arriscada e indispensável que exercemos, muitas vezes com o sacrifício de nossas próprias vidas.

A perda do nosso poder aquisitivo se acumula ano após ano e a nossa data base – estabelecida na Lei 12.391 de 23 de maio de 2006 – é repetidamente desrespeitada.

A tropa está endividada, doente, afastando-se do trabalho com problemas de saúde, e o alívio da tensão - que poderia representar um reajuste salarial que ao menos recuperasse as perdas - não veio.

É aqui na nossa Associação que sentimos o reflexo de tudo isso. É aqui que os policiais militares buscam consultas médicas, orientação jurídica, insumos hospitalares e até cestas básicas.

Esta é uma nota de repúdio, mas não deixa de ser um apelo. Estamos pedindo o apoio dos deputados que compõem as comissões que vão discutir o projeto, para que coloquem a mão na consciência: 5% de reajuste é o que merecem – e necessitam – nossos valorosos policiais militares?

E se o projeto for a plenário, que todos se unam para exigir a votação de uma lei que traga mais dignidade e consideração para com nossa Corporação.

Ainda é tempo de reverter essa situação injusta e mal resolvida. Ainda é possível oferecer aos nossos policiais militares um reajuste que ao menos minimamente recomponha seus salários.

Nós precisamos de um olhar mais criterioso por parte do Governo e a sociedade como um todo – que deve ser a preocupação maior de qualquer governante – precisa de nós

(Esta nota foi enviada para Assembleia Legislativa, Secretaria da Segurança Pública e Governo do Estado.)