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Institucional

Mesmo antes de sua fundação, em 12 de março de 1957, o idealizador do Centro Social dos Cabos e Soldados, Carmim Sabadim de Oliveira, já havia reafirmado por inúmeras vezes que a entidade que estava para surgir num futuro não muito distante teria por principal objetivo auxiliar e amparar todos os irmãos de farda e seus familiares. Desde então, a Associação dos Cabos e Soldados (antigo Centro Social dos Cabos e Soldados) tem levado à risca tal procedimento.


Seus fundadores tiveram muito trabalho para dar início a uma entidade representativa de militares, já que na época, todo movimento reivindicatório, por mais ordeiro e disciplinado que fosse, e que viesse, principalmente da Força Pública ou da Guarda Civil, não era visto com bons olhos pelos Comandos das Corporações, inclusive sendo considerado como ato de indisciplina interna, sujeito à sanções disciplinares.

Com muita persistência, iniciaram as reuniões em forma de clube para não chamar muito a atenção, criando um time de futebol denominado Cacique Futebol Clube. O grupo reunia-se diariamente no Bar do Ferradura, na Avenida Tiradentes. Ali era a sede do clube (1ª sede idealista da futura entidade).Através das pequenas atividades desenvolvidas pelos diretores e por suas esposas através do Departamento Feminino, criaram um pequeno fundo financeiro, que serviu para mudar o local das reuniões. Logo em seguida, já em 1953, com a mudança de local para uma sede situada em um cômodo no Salão Minas Gerais, no Largo da Concórdia, e que se estendeu até 1955, passou a se chamar Clube dos Vigilantes da Força Pública.

Carmim Sabadim de Oliveira, José Bernardo de Carvalho, Josué Câmara, José Francisco de Oliveira Xavier, Oirasil Werneck, Waldemar Lisboa entre outros companheiros já elaboravam planos do que seria num futuro não muito distante o Estatuto da entidade. Na festa de Natal de 1956, além dos associados, a diretoria elaborou convite especial dirigido ao então Governador Jânio da Silva Quadros. Como ele não pôde comparecer, a então primeira-dama do Estado, Dna. Eloá do Vale Quadros, acompanhada do Chefe da Casa Militar do Palácio do Governo, Ten-Cel Milton Marques de Oliveira, representaram o governador. Após presenciarem o espírito ordeiro, a disciplina e o cavalheirismo existentes entre os Praças – Pré, não tiveram dúvidas em apoiar à criação de uma sociedade que agregasse a classe dos Cabos e Soldados da Milícia Bandeirante. E assim, no dia 12 de março de 1957, através de autorização provisória, a entidade, ainda sem o nome oficial, começou a funcionar.

Foi então que pelo Decreto Estadual nº 30.666, publicado no Diário Oficial de 13 de janeiro de 1958, pelo então Governador do Estado, Jânio da Silva Quadros, a entidade foi reconhecida oficialmente como a representante legítima na defesa dos Cabos e Soldados do Estado de São Paulo.

Grande parte desta vitória deveu-se também à então primeira-dama do Estado Eloá do Vale Quadros, que acompanhando o trabalho da equipe das esposas dos Soldados coordenados por Carmin Sabadin e Dna Hermínia Gomes de Oliveira interferiu junto ao seu marido, governador do Estado, para regulamentar a entidade. Com a regulamentação publicada no Diário Oficial pôde a entidade registrar no 4º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo seu primeiro Estatuto, denominando-se, a partir daí, Centro Social dos Cabos e Soldados da Força Pública do Estado de São Paulo.

Dois anos mais tarde (1970) ocorreu a fusão da Força Pública com a Guarda Civil através do Decreto Lei nº 217, publicado no DOE no dia 08 de abril daquele ano, pelo então governador do Estado de São Paulo, Abreu Sodré, unificando as corporações e criando a Polícia Militar. Com a unificação, as duas entidades representativas dos Cabos e Soldados (um da Força Pública e outro da Guarda Civil) tiveram que alterar suas denominações que ficaram assim: Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo e Clube Associativo dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Não haveria porque existir duas entidades representativas de um mesmo universo de associados, e então, em 22 de março de 1972, as entidades decidiram se unir, conforme Ata de Assembléia Geral registrada junto ao 4º. Registro de Títulos sob nº 1313092, passando a denominar-se Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Após a fusão das duas entidades, o número de associados dobrou. O Centro Social, fundado por Carmim Sabadim tinha 12 mil associados, e o então Clube Associativo, ex-Centro Social da Guarda Civil, possuía 8 mil associados. Com a fusão ficaram 20 mil sócios no Centro Social.

Os próximos anos que se seguiram, a entidade investiu maciçamente em novos imóveis para ampliar o número de regionais e proporcionar lazer e recreação aos associados, a exemplo da Colônia de Férias de Itanhaém que foi totalmente reformada e ampliada. Em maio de 1994, o Centro Social dos Cabos e Soldados oficializou, em caráter definitivo, o nome de Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

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